Caseiro é condenado a quase 40 anos de prisão por assassinato de médico em Inhapim
11/11/2025
(Foto: Reprodução) Caseiro é condenado por matar médico em Inhapim; companheira será julgada depois
O Tribunal do Júri da Comarca de Inhapim condenou Kaue Ferreira da Silva, de 28 anos, a 39 anos e 11 meses de prisão em regime fechado pelo assassinato do médico Paulo Francisco Corrêa de Barros, de 71 anos, morto em outubro de 2024, no Córrego Boa Sorte. A sentença foi proferida nessa segunda-feira (10), no Fórum Anastácio Chaves.
De acordo com a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais, o crime foi motivado por uma discussão entre a vítima e o caseiro, contratado pouco tempo antes do crime. O médico estaria insatisfeito com os serviços prestados pelo funcionário, o que levou a uma briga que terminou de forma trágica.
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Condenação por quatro crimes
Médico Paulo Francisco Corrêa de Barros, de 71 anos, encontrado morto
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O Conselho de Sentença acolheu integralmente a acusação e reconheceu a autoria e materialidade do crime. Kaue foi condenado por quatro delitos:
Homicídio qualificado, com três qualificadoras — motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima —, com pena de 34 anos e 6 meses de reclusão;
Fraude processual, por desligar a energia do sítio e interromper as câmeras de segurança, com pena de 1 ano, 4 meses e 15 dias de detenção;
Furto, pela subtração da arma da vítima, com pena de 2 anos e 8 meses;
Porte ilegal de arma de fogo, por usar o revólver furtado na fuga, com pena de 2 anos e 4 meses.
A companheira do condenado, que também participou do crime, terá o julgamento realizado em uma data futura, após o desmembramento do processo.
Relembre o caso
Câmeras flagraram o caseiro do sítio armado
Divulgação/Polícia Civil
O crime aconteceu no dia 27 de outubro de 2024, quando o médico foi morto a golpes de facão e tiros dentro de sua propriedade. O corpo só foi encontrado no dia seguinte, após uma secretária acionar a polícia.
Segundo a investigação da Polícia Civil, câmeras de segurança do sítio registraram o início da discussão e parte da agressão. As imagens mostraram que o médico chegou a sair armado da casa, mas foi desarmado por Kaue, que efetuou o primeiro disparo. A companheira do caseiro, que segurava o filho do casal no colo, também participou das agressões, desferindo golpes de facão na cabeça da vítima.
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Mesmo ferido, o médico tentou fugir, mas foi atingido novamente. A perícia apontou duas perfurações por arma de fogo — no tórax e na coxa —, além de cortes profundos na cabeça.
Fuga e prisão
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Logo após o crime, o casal fugiu levando a arma da vítima e desligando a energia do sítio para apagar os registros das câmeras. Eles foram localizados em janeiro de 2025, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, durante uma operação da Polícia Civil fluminense.
Kaue permaneceu preso desde então, aguardando o julgamento. Com a sentença definida, ele continuará no sistema prisional de Minas Gerais, enquanto a coautora aguarda julgamento.
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